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Do simples, o coração transborda


E de repente vi sorriso nos meus olhos outra vez, vi muitas coisas que havia deixado para trás me fazerem feliz de novo. Como é bom querer coisas simples, ter coisas simples e amá-las. Amá-las com alguém que ama estranhamente igual você. É engraçado, feliz, e assustador. Engraçado por ser tão estranho, feliz por ser tão igual, e assustador por eu nunca ter visto algo assim. O melhor da vida é alguém que te entende completamente sem você nem precisar dizer, é alguém que te abraça e sabe que o abraço é tão importante quanto as palavras que se precisa ouvir. O melhor da vida é alguém apostar em você de coração. É alguém que está disposto ao bem da alma, e do coração. Eu nem sei dizer, sempre achei muitas coisas as melhores da vida. E na verdade, acho que nem conheço todo o melhor da vida. Mas tenho certeza que o melhor da vida é querer estar perto de Deus. E estar perto de Deus com alguém que também quer, é melhor ainda! Vai, confesso, nem foi tão fácil. Eu tenho um dom de ser complicada, e de querer tornar tudo muito complexo, e sempre fui cheia dos "será", e dos "não sei". Quem me conhece, sabe. Quem acha que conhece, não sabe. E ao mesmo tempo que sou cheia de medir passos, sou cheia de dar passos sem sentido e que depois me deixam com uma sensação de: Eu fiz mesmo isso? E acho que já escrevi essa frase aqui, mas como ela me persegue, vai de novo pra esse blog. Mas em meio a tudo isso, e em deixar as pessoas malucas comigo. Alguém quis ficar, alguém foi louco o suficiente, sim. Alguém acreditou no lado bom do meu coração, que quis o lado bom do coração desse alguém e é assim tão simples, porém, tão complexo pra quem vê, mas é. Gargalhadas, são sempre bem vindas. Uma coisa que faz feliz, que tem nome bonito, olhar bonito, amor bonito e coração bonito. E um bonito que não é só de beleza, mas de uma coisa inexplicável. E só é. Assim como a chuva sempre aparece quando estou escrevendo, o que é muito estranho, mas eu sempre gosto. Assim também gosto da sua presença, gosto de qualquer uma das nossas conversas, de todos os sorrisos, de todos os choros, e nossa, são muitos rs e todos os abraços, que são mais ainda, e de tudo. O que mais? Acho que todo o resto fica estampado nos meus olhos e no meu riso. 
Ps: Que essa foto boba signifique algo rs

E mais um ano especial...


Quem seria eu se não escrevesse nesse fim de ano? Um ano que foi diferente e me ensinou muito mais coisas do que eu imaginaria aprender. Iniciei sem planos e meio indiferente, quando ele surgiu eu simplesmente pensei em dormir. Eu estava e fui aquele tipo de pessoa que nem liga se é um novo ano, uma nova fase, um nada. Eu estava e fui aquele tipo de pessoa nem aí. Esse ano foi intenso e turbulento, um ano em que cheguei a não me reconhecer no espelho. Ah não! A mudança de 7 em 7 anos, é real. Cá estou aos 21... ou seja? Fui virada de cabeça pra baixo pra então me lembrar de quem realmente sou e devo ser.
Devo ter aquele coração bom que eu tinha antes dos 14.. Oh não! Mais um múltiplo de 7! Isso é bobagem! Esse ano iniciou-se uma nova faculdade, mal tive tempo de ver meus amigos, ler, ou escrever. Mal tive tempo de rezar e de estar com Deus. Mal tive tempo de deitar durante a noite e refletir sobre meus atos e sobre quem estava sendo. Mal tive tempo... e quando dei por mim... me perdi. Não fui mais quem eu deveria ser, fiz algumas pessoas chorarem, e quando me dei conta, também chorei. É o mesmo que ler textos antigos, eu escrevi mesmo isso? Eu fiz mesmo isso? Eu agi assim com as pessoas? Em meio a tantos erros eu descobri a paz.
Foi quando precisei ser perdoada que aprendi que todos merecem o perdão. Foi quando não fui julgada que aprendi que não devo julgar. Foi quando não reviveram meus erros que aprendi o que é o perdão verdadeiro. Foi quando me deixaram para trás que aprendi que certas coisas merecem ponto final, porém, quando puxaram minha orelha eu aprendi a ouvir. Foi quando acreditaram e lutaram por mim que aprendi que meu coração ainda é bom. Foi quando estive com Deus que aprendi o verdadeiro sentido de viver.
Este não é acertar sempre, é errar e saber pedir perdão. O verdadeiro sentido de viver é descobrir que sua alegria pode estar em ajudar e ser gentil com os outros. É saber perdoar também, ser compreensivo e ter paciência. O verdadeiro sentido de viver é estar com Deus e querer que outras pessoas também estejam. Esse ano passou, cheguei rolando até aqui, levantei atordoada, até que fui surpreendida por mim mesma. Reaprendi a sonhar e ter aquela criatividade gostosa, ter vontade de ajudar e fazer as pessoas melhores. Reaprendi a querer ser melhor.
Quero ser sempre grata a tudo, grata as dificuldades, as tristezas, grata as pessoas que passaram por mim este ano e as que permaneceram, grata as alegrias e as lições. Obrigada! Pra melhorar tudo isso só poderia chover. E olha só, a chuva cai! Uma coisa não mudou: continuo amando a chuva e, ainda mais, quando estou escrevendo. Esse ano me fez crescer e tudo isso me deixa feliz, que eu saiba repassar essa felicidade as pessoas ao meu redor.

Café e Abraços



Ao olhar para aquela ferramenta de comunicação da qual já havia me esquecido. Me pergunto quem diria que um dia isso iria acontecer? Quem diria que eu me sentiria tão bem dentro do seu abraço, ou ficaria tão feliz com seu riso. Quem diria que o destino aprontaria uma dessas? Mas será que foi ele?
Ou será que fui eu? Eu me direcionei a isso e mesmo que eu diga que não, eu tinha, sim, previsto isso. Na verdade, em algum momento desejei isso e algo me ouviu e aconteceu. Tudo premeditado. Mas de quem será que estou falando? Não sei, e, talvez, não seja de uma única pessoa. Talvez, não seja especificamente de ninguém. Talvez você tente se encontrar nesse texto, assim como eu tentei me encontrar em muitos lugares. Talvez teus. Talvez outros. Um texto cheio de talvez. Pois é de um talvez que surgem um sim ou um não. Um talvez é tão bonito quanto um: Você não está lendo nos meus olhos? Sabe aquela sensação boa de segurar uma xícara quente num dia frio, de assoprar o café e ele te oferecer a fumaça leve e quente. Então, era isso que me faltava. Não era fumaça. E sim a sensação de acordar. E acordar não é apenas abrir os olhos. Acordar é se descobrir e se reencontrar. Me perco e me reencontro sempre, e isso me faz bem. Eu poderia dizer que me reencontro quando te encontro, mas isso acontece quando te perco. Quando te perco é que pergunto o porque de querer te encontrar, e não tendo um porque me encontro. Eu me encontro toda vez que coloco uma música boba que me faz querer cantar. Eu me encontro quando o sol me cega. E me encontro quando não sei escolher o próximo passo. Eu me encontro quando não estou me procurando também. Me encontro quando termino ciclos. E quando não sei qual iniciar.



Missão, solidão, paixão, perdão..


Quando nós descobrimos que o que sentimos por alguém é amor? Quando nós descobrimos que o amor acabou? E quando sabemos que realmente foi? Eu e essa mania de pensar. Eu e essa mania de sentir. Eu e essa mania de mudar. Amar faz parte da nossa vida, do nosso crescimento e de quem somos. Nós somos quem decidimos ser, nós somos nossas escolhas. Ou será que nós somos o nosso destino? Algo que já está traçado para nós? Todos temos uma missão na terra, nossa alma tem. 
Começo a desconfiar que a minha seja ferir os corações que me amam. E mesmo sem querer, me pego fazendo isso. Quando sofremos tiramos lições boas e aprendemos, isso é bom, mas não é algo que eu quero ter a responsabilidade de fazer. Eu não quero ensinar a ninguém lições de como se recuperar de um coração partido. Eu quero ser mais que isso, talvez, colar os corações. E eu tento, tento ser o melhor de mim.. até alguém se apaixonar. Pra eu dizer adeus. Parece surreal, mas não é. É, e muito, presente na minha vida, e não da pra evitar, nem se afastar. Tem gente que tem a missão de ensinar.. Eu não quero. O que isso me rende? Não é um obrigado, é um muito obrigado, um muito obrigado irônico. São coisas tristes e vazias. Coisas que eu não quero fazer.
A única coisa que eu realmente queria, era levar todo mundo no colo, como mãe faz, fazer bem. Mas como resolver todos os problemas de todo mundo? Como fazer com que ninguém sofra, se eu mesma sofro, sinto saudades e amo. Tem coisas que não dá pra resolver, tem coisas que todo mundo precisa aprender a dar a volta por cima sozinho. Eu não sei dar, mas não quero ser quem faz alguém cair. Sinto muito... Destino, mundo, sei lá o que.

Traços e destraços


Passei dias longe do meu teclado, papel, caneta. Fiquei longe de tudo que eu pudesse escrever. Ficamos eu e minhas ideias, meus planos, minhas metas e minhas possíveis mudanças nesses planos, nessas metas. Tem dias em que não me encontro e nessa busca de quem sou me deparo comigo mesma. Escrevendo é que me encontro. Não sei o motivo de eu querer me encontrar em outras coisas, pois é aqui, e só aqui, que talvez saiam as coisas mais sem sentido do mundo, mas que fazem todo o sentido pra mim. Eu mudo antes de toda feira de exposições, estranho, estranho como eu. Eu me perdi, mas é ao se perder que, mesmo no desespero de se estar perdido, vemos a graça de conhecer novos lugares. Eu não preciso me encontrar, estou em mim, eu só havia me esquecido em algum canto, talvez seja na bagunça do meu quarto, talvez, até, tenha me deixado cair numa lombada sem frear, talvez eu tenha me esquecido dentro de algum livro, como um marcador de páginas, ou eu esteja mesmo pirando. É bom termos pessoas que nos lembrem quem nós realmente somos. Comece pensativo, termine sorrindo.

Como um pião


Existem mais coisas na vida, mais dias nascendo, mais domingos preguiçosos, mais chuvas de verão, mais grama pra gente sentar... Existe tanta coisa boa, tanto pôr do sol, tantas estrelas nesse céu. Existem tantos sentimentos e pessoas, tantos pensamento e ideias. Existem tantas casas, tantas ruas, e quando vai se retirando o zoom, por fim estamos no meio de um mundo gigantesco. No meio do verde com azul. Será mesmo? No meio de uma gigante bola, que perto de outras coisas é tão minúscula. Existem, será, pessoas com essas questões sem nexo nesse mesmo momento? E essa música de casal apaixonado? Fala sério locutor! Já está tarde e eu não precisava pensar nisso hoje. Gente que quer entender gente, essa sou eu.  E estou aqui, dentro de uma casinha, que por sinal, precisa de muito zoom para ser vista dessa ferramenta assustadora, que pode estar me fotografando em qualquer segundo. E agora esse zoom fica aumentado e diminuindo constantemente em minhas ideias. E nossa, é mesmo assustador. Quem você é? Então... Quem sou eu? No meio, no canto, ou sei lá em que parte estou disso tudo. Sou alguém igual a alguém nessa infinidade, ou como várias pessoas, pois existem tantas. Será possível tantos modos de ser diferente? Nem devem existir. Alguém pode estar fazendo a mesma coisa que eu nesse momento. Alguém pode estar, feito eu, planejando um sonho difícil de acontecer, pois sonhar coisas difíceis é mais interessante. Alguém pode estar agora dando um último suspiro enquanto eu inspiro. E isso me assusta, caramba, é tanta gente! Quantas historias existem em um caixão, no meio daquele cemitério enorme? Que coisa estranha, é  tanta gente, tanta historia, tanto amor, e outros sentimentos, e a gente sente igual , mas de forma diferente. Mas são tantas.. Será que não existe um padrão? Então qual o motivo de sermos todos iguais, já que somos diferentes. Ou não somos? Esconde o melhor de mim, que talvez nem chegue perto do melhor de alguém, que é melhor que eu, e nem precisa ser no coração, pode ser num pedaço de papel, numa caixa enfiada no guarda roupa, pode ser num sapato, numa canção, numa frase, mas esconde.. se existir.  Se todas as pessoas são iguais, qual é o motivo de começar tudo de novo, e chegar ao mesmo ponto? Ou será que não são iguais? E as pessoas brilhantes, como se tornam brilhantes? O que elas fazem pra que isso aconteça? Na verdade, todos nós somos brilhantes, do nosso jeito, aos olhos de alguém.

A chuva do início ao fim



Nunca gostei de reler diários, agora mal gosto de reler estes textos. Visualizar toda vez a mesma página, não é o mesmo que olhar no fundo dos olhos. Hoje um caderno no fundo do armário me disse olá, enquanto eu pensava se seria possível que aquela promessa ainda estivesse em pé, o óbvio respondeu-me não. Anos pareciam muito, mas quando comparados a uma promessa de pra sempre não eram nada. Se você vira a página e o vento a sopra novamente ao mesmo lugar você para de ler no vento ou re-lê com mais atenção? Toda vez que chove, que molha, que venta, ele rola a página na parte que, justamente, não se quer ler. Então não liga, mas liga. O que se faz quando não se pode fugir desse labirinto, encara de frente ou fica dando voltas como a terra ao redor do sol? Quando se constrói algo bonito, o mesmo se eterniza, mas não sei se essa chuva é minha ou de tantas outras pessoas, que gostam e que também a sentem em outras companhias e em outros lugares de madrugada. Tô pensando em ir pra um campo distante, eu e um café, e só, um livro, talvez, só.
Enquanto tomo a substância favorita da manhã, o destino parece rir da minha cara. Talvez eu não te conheça, não saiba sua comida favorita, sua banda favorita, talvez eu não saiba mais nada. Então me dou conta que a página azul, diz que nem amigos somos. A vida faz mais sentido pra quem não fica procurando um sentido nela, já as palavras, como é terrível não saber o sentido daquilo e as vezes nem existe um, eu gosto das entrelinhas, mas é tão bom um texto direto, ir direto ao assunto, direto ao ponto. Chegou o dia e a hora, o tempo certo de desatar nós, a conversa teve ponto final, o destino disse que é o fim e mesmo que eu não esteja pronta pra isso, é necessário.