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Traços e destraços


Passei dias longe do meu teclado, papel, caneta. Fiquei longe de tudo que eu pudesse escrever. Ficamos eu e minhas ideias, meus planos, minhas metas e minhas possíveis mudanças nesses planos, nessas metas. Tem dias em que não me encontro e nessa busca de quem sou me deparo comigo mesma. Escrevendo é que me encontro. Não sei o motivo de eu querer me encontrar em outras coisas, pois é aqui, e só aqui, que talvez saiam as coisas mais sem sentido do mundo, mas que fazem todo o sentido pra mim. Eu mudo antes de toda feira de exposições, estranho, estranho como eu. Eu me perdi, mas é ao se perder que, mesmo no desespero de se estar perdido, vemos a graça de conhecer novos lugares. Eu não preciso me encontrar, estou em mim, eu só havia me esquecido em algum canto, talvez seja na bagunça do meu quarto, talvez, até, tenha me deixado cair numa lombada sem frear, talvez eu tenha me esquecido dentro de algum livro, como um marcador de páginas, ou eu esteja mesmo pirando. É bom termos pessoas que nos lembrem quem nós realmente somos. Comece pensativo, termine sorrindo.

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