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Café e Abraços



Ao olhar para aquela ferramenta de comunicação da qual já havia me esquecido. Me pergunto quem diria que um dia isso iria acontecer? Quem diria que eu me sentiria tão bem dentro do seu abraço, ou ficaria tão feliz com seu riso. Quem diria que o destino aprontaria uma dessas? Mas será que foi ele?
Ou será que fui eu? Eu me direcionei a isso e mesmo que eu diga que não, eu tinha, sim, previsto isso. Na verdade, em algum momento desejei isso e algo me ouviu e aconteceu. Tudo premeditado. Mas de quem será que estou falando? Não sei, e, talvez, não seja de uma única pessoa. Talvez, não seja especificamente de ninguém. Talvez você tente se encontrar nesse texto, assim como eu tentei me encontrar em muitos lugares. Talvez teus. Talvez outros. Um texto cheio de talvez. Pois é de um talvez que surgem um sim ou um não. Um talvez é tão bonito quanto um: Você não está lendo nos meus olhos? Sabe aquela sensação boa de segurar uma xícara quente num dia frio, de assoprar o café e ele te oferecer a fumaça leve e quente. Então, era isso que me faltava. Não era fumaça. E sim a sensação de acordar. E acordar não é apenas abrir os olhos. Acordar é se descobrir e se reencontrar. Me perco e me reencontro sempre, e isso me faz bem. Eu poderia dizer que me reencontro quando te encontro, mas isso acontece quando te perco. Quando te perco é que pergunto o porque de querer te encontrar, e não tendo um porque me encontro. Eu me encontro toda vez que coloco uma música boba que me faz querer cantar. Eu me encontro quando o sol me cega. E me encontro quando não sei escolher o próximo passo. Eu me encontro quando não estou me procurando também. Me encontro quando termino ciclos. E quando não sei qual iniciar.



Missão, solidão, paixão, perdão..


Quando nós descobrimos que o que sentimos por alguém é amor? Quando nós descobrimos que o amor acabou? E quando sabemos que realmente foi? Eu e essa mania de pensar. Eu e essa mania de sentir. Eu e essa mania de mudar. Amar faz parte da nossa vida, do nosso crescimento e de quem somos. Nós somos quem decidimos ser, nós somos nossas escolhas. Ou será que nós somos o nosso destino? Algo que já está traçado para nós? Todos temos uma missão na terra, nossa alma tem. 
Começo a desconfiar que a minha seja ferir os corações que me amam. E mesmo sem querer, me pego fazendo isso. Quando sofremos tiramos lições boas e aprendemos, isso é bom, mas não é algo que eu quero ter a responsabilidade de fazer. Eu não quero ensinar a ninguém lições de como se recuperar de um coração partido. Eu quero ser mais que isso, talvez, colar os corações. E eu tento, tento ser o melhor de mim.. até alguém se apaixonar. Pra eu dizer adeus. Parece surreal, mas não é. É, e muito, presente na minha vida, e não da pra evitar, nem se afastar. Tem gente que tem a missão de ensinar.. Eu não quero. O que isso me rende? Não é um obrigado, é um muito obrigado, um muito obrigado irônico. São coisas tristes e vazias. Coisas que eu não quero fazer.
A única coisa que eu realmente queria, era levar todo mundo no colo, como mãe faz, fazer bem. Mas como resolver todos os problemas de todo mundo? Como fazer com que ninguém sofra, se eu mesma sofro, sinto saudades e amo. Tem coisas que não dá pra resolver, tem coisas que todo mundo precisa aprender a dar a volta por cima sozinho. Eu não sei dar, mas não quero ser quem faz alguém cair. Sinto muito... Destino, mundo, sei lá o que.